A286 A286 - Involução

Não tá pra ritimo de festa não jão não confunde os sorrisos
Ainda são por composição de químicos estímulos
Feito antidepressivos, já era
Onde previnem suicídios com futebol e novelas
Religião, pra alimentar nossa esperança
E preservar as algemas da ignorância
Mentes subestimadas, auto estima baixa, submissão
Inertes em frente a televisão
Ainda somos continuação de sonhos de revolução
Frustrados na desunião, sem ação
Portando armas, de pele e classe discriminada mente limitada
Escrava herança hereditária
Aindo to tentando enxergar motivo
Pra brindar sorrindo, saúde, pós 25 é mito
Onde tv educa a gula desproporcional
Habito de consumo sem consulta a tabela nutricional
Pra nós não tem ciclo faixa a praça que o estado abandona
É curso pra criança aprender fumar maconha
Cenário pro palco de execução de inocente
Quando a taurus que o governo da, faz órfão pivete de pm
Enquanto vocês ostentam, suíte presidencial
Te exponho quem nem pro café da manha tem um real
Descrente de final feliz que é pra não confundir com os lock
Aqui o rap de verdade, não virou pop não

Ainda somos os mesmo dos gueto exilado
Das casas de tabuas, das ruas de barro
Entre rezas e lagrimas sem ilusão
Aqui é rap de verdade, não virou pop não

Evoluiu o caralho tio pergunta pra quem no mercado
Só traz o básico se for tudo do mais barato
Pra ter um carro paga dois em cinco anos
No nome dos outros rezando pra não dar problema mecânico
Ate a moto pro adianto teve um fim irônico
Causou quilômetros de lentidão embaixo de um ônibus jão
Quem não explodiu a cabeça nas rodas,
Explode na bala do gambe em outra ação preconceituosa
Sem passagem e a carteira assinada agora hein
Só vai servir pra mão pedir justiça, pra quem?
Aqui enquanto massacram analfabetos
Simulam promoção de vida contraditório sem nexo
Punem com multa o condutor que dirigiu sem cinto
E aplaudem quem na infância abandonou os livros
Condenando a auxiliares a eterna escravidão
Que se diverte as custas da imaginação
Diretor minha mãe assimilou bem a novela
Aprendeu que parda analfabeta morre empregada domestica
Sem carteira assinada adepta a lubrificar privada
Grata convencida que isso ou nada
Onde ate aos mortos empunham armas
O amor não vai vence o ódio deixa a dor se converter em raiva
No inferno sem final feliz sem comercializar um estrofe
Aqui é rap de verdade, não virou pop não


Ainda somos os mesmo dos gueto exilado
Das casas de tabuas, das ruas de barro
Entre rezas e lagrimas sem ilusão
Aqui é rap de verdade, não virou pop não